2021 / PT - Viana do Castelo
Concurso
Cliente: Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Autoria: Nuno Graça Moura
Colaboração: Carlos Castro
O projecto da residência de estudantes, cantina e outras instalações de apoio, ocupa a parte noroeste do campus do politécnico de Viana do Castelo.
Dividimos o edifício em 3 peças programáticas, correspondendo ao seu carácter mais público ou privado.
O edifício de maior escala, com 3 pisos, está alinhado com os edifícios existentes a poente, e segue a cércea máxima existente. Este edifício corresponde aos quartos e demais dependências da residência de estudantes e situa-se a poente, sensivelmente paralelo ao mar. É colocado um pouco sobreelevado, para garantir a segurança, inviolabilidade e privacidade dos quartos que se situam no rés do chão.
Tem acesso por um átrio central, que comunica com o espaço interior do campus, mas também uma abertura a poente para o acesso pedonal para a rua a poente, com portão na vedação do campus.
O edifício organiza-se em 3 pisos, segundo um eixo longitudinal norte-sul, aproveitando os quartos, a nascente e a poente, as vistas privilegiadas do monte de Santa Luzia e do Oceano Atlântico. Cada quarto prolonga-se para uma varanda com floreiras, de modo a poder aumentar um pouco a sua área, e permitir a todos os estudantes as melhores condições de habitabilidade, garantindo acesso a espaços exteriores autónomos.
As duas restantes partes do programa, a cantina e o ginásio, voltam-se para o interior do Campus.
A cantina tem acesso a partir do interior do campus, mas também é garantido o acesso autónomo à cantina a partir do átrio da residência. A cantina abre-se para uma generosa esplanada, com vistas para o monte de Santa Luzia. O ginásio, com acesso condicionado pelo interior da residência, tira também proveito, tanto da relação com o monte de Santa Luzia e como da relação com o lago artificial a sul, cuja forma propomos alterar e que a vegetação dará maior naturalidade.
O acesso principal ao conjunto destas valências programáticas é feito a nascente, por um caminho coberto de forma ondulante, aproveitando acidentes topográficos e vegetação existentes, ou propositadamente criados.
Este caminho funciona como espinha dorsal de todo o complexo e apresenta possibilidades de expansão a novos edifícios ou equipamentos que venham a surgir no campus. No extremo norte deste caminho coberto, localização um anfiteatro ao ar livre feito também em vegetação com bancos em pedra e uma parede de cenário de fundo.
© Nuno Graça Moura